A empresa afirma que o novo processo reduz o tempo de moldagem de 3 horas para apenas dois minutos
A montadora japonesa afirma que criou uma nova maneira de acelerar o desenvolvimento de peças automotivas feitas de plástico reforçado com fibra de carbono (CFRP) em até 80%, possibilitando a produção em massa de componentes fortes e leves para mais carros.
Embora os benefícios da fibra de carbono sejam conhecidos há muito tempo, os custos de produção podem ser até 10 vezes maiores do que os dos materiais tradicionais, e a dificuldade em moldar peças de CFRP tem dificultado a produção em massa de componentes automotivos feitos com esse material.
A Nissan afirma ter encontrado uma nova abordagem para o método de produção existente, conhecido como moldagem por transferência de resina por compressão. O método existente envolve moldar a fibra de carbono no formato correto e colocá-la em uma matriz com um pequeno espaço entre a matriz superior e as fibras de carbono. A resina é então injetada na fibra e deixada para endurecer.
Os engenheiros da Nissan desenvolveram técnicas para simular com precisão a permeabilidade da resina na fibra de carbono, ao mesmo tempo que visualizam o comportamento do fluxo da resina numa matriz, utilizando um sensor de temperatura no interior da matriz e uma matriz transparente. O resultado da simulação bem-sucedida foi um componente de alta qualidade com menor tempo de desenvolvimento.
O vice-presidente executivo, Hideyuki Sakamoto, disse na apresentação ao vivo no YouTube que as peças de CFRP começariam a ser usadas em veículos utilitários esportivos produzidos em massa dentro de quatro ou cinco anos, graças a um novo procedimento de fundição para a resina vazada. A economia de custos vem da redução do tempo de produção de cerca de três ou quatro horas para apenas dois minutos, disse Sakamoto.
Para o vídeo, você pode conferir:https://youtu.be/cVTgD7mr47Q
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Horário da postagem: 01/04/2022